domingo, 18 de agosto de 2019

Augusto dos Anjos


O TUDO E O NADA

É nada o milênio no calendário de Deus
É tudo a dor, a doença no homem sem
É nada a bactéria antropofágica, até
É tudo, porém, na proliferação até o adeus

É tudo o cosmos infinito em mistério
É nada a volição das almas em liberdade
É tudo pequeno pão na mão da caridade
É nada a morte nas ciências ignotas do etéreo

O tudo e o nada, o alfa, o ômega, luz e treva
São faces da realidade que não raro entreva
O homem céptico e rastejante inferior

O tudo esconde o nada, o nada àquele oculta
o amor tudo une na paz que lhe exulta
Por pleno ao nada, vazio ao tudo no interior.

Referência:

GOMES, Ana Paula de Oliveira; PONTES FILHO, Valmir. A validade jurídica da prova psicográfica. Natal/RN: Offset Gráfica e Editora, 2017.

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