Olá, pessoas! Várias correntes teóricas se esforçam no sentido de compreender o problema posto. Conheceremos essas propostas agora. Vamos lá!!!
1) Modelo palavra-paradigma. ESTUDA A PALAVRA COMO UM TODO. Parte do pressuposto de que palavra = vocábulo = som com significado. Ex.: "beije-me". Gramaticalmente, há duas palavras = verbo + pronome pessoal do caso oblíquo. Fonologicamente, há uma palavra apenas, posto que o "me" é átono e, no contexto, gramema dependente.
1.1) Recorde que paradigma se relaciona às possibilidades de escolha entre as distintas classes de palavras. Mudando-se a classe de palavra, permuta-se o significado. Ex.: a conjugação do verbo amar ===> tem-se apenas 1 palavra (no caso, verbo). Já a palavra amor representa outra classe.
2) Modelo item/arranjo. Trata-se de análise no nível sintagmático. É defendido pelo Estruturalismo. Examina a articulação das palavras entre si.
INTERESSANTE: em ames, não aparece a vogal temática /a/ por razões de ordem fonológica. Há a queda da vogal temática /a/. O /e/ ilustra um alomorfe.
3) Modelo item/processo. Remonta a 500 a.C., com embriogenia na gramática grega. Estuda a derivação. Ex.: hodie > hoje.
Dito isso, estudemos os morfemas aditivo X subtrativo X reduplicativo X alternativo X zero.
a) Aditivo: radical + afixos (podem ser prefixos, sufixos e infixos). Ex.: form + ar = formar ===> radical primário /form/ + sufixo /ar/.
Obs.: transformar ===> trans + form = base (radical secundário) + ar.
IMPORTANTE: infixação ===> quase não existe na Língua Portuguesa. Tem-se afixo que se insere na raiz, deixando-a descontínua. Ex.: amanhecer ===> /a/ = prefixo + /manh/ = raiz + ecer ===> os dois /e/ são infixos.
b) Subtrativo: o radical perde fonemas para expressar traço gramatical. Ex.: professora ===> professor ===> queda do /a/.
c) Reduplicativo: visa a identificar intensidade. É difícil na Língua Portuguesa. Exs.: vovô (vem da reduplicação de avô); vovó (vem da reduplicação de avó).
d) Alternativo: há mudança na estrutura fônica da raiz. Exs.: dizer e digo + fiz e fez.
NOTE BEM: itens gramaticais relacionados semanticamente - como vaca e boi - não consubstanciam mofemas alternativos, mas SUPLETIVISMO.
e) Morfema zero: ocorre ausência de um morfema para caracterizar marca da palavra. Ex.: professor (morfema zero pois se trata de masculino). Professora ===> /a/ marca o feminino.
Na fé sempre!!!