(Por Ana Paula e Sara Gomes)
O Gurgel, símbolo de resistência
do que deveria ter sido a produção automobilística brasileira, até
em Cuba, resiste. O heroico coche,
lá e cá, insiste. É carro raiz de beleza não descartável.
Rumando de Fortaleza a Mossoró,
garboso como é, chama atenção dos mais refinados gostos. Não
raras vezes, há quem oferte preço. Contrariado, Gurja trinca os
dentes e resmunga…
“-Nãaaaaao”.
Com ele, inexiste exclamação,
interrogação ou interjeição. Cabra da peste é. Do nada, eis que
um bode ousou atravessar seu caminho… Tensão no espaço-tempo.
Ao semovente, grita…
“-Sai do meio”.
Na verdade, em bom cearensês:
“sai do mêeeeei”. Tradução: sai da frente que o Gurja está
chegando e ordena passagem! Da Barra do Ceará ao mundo, passando
pela BR 304, não poderia faltar, por certo...
“-Macho véi, ai dentro”!
Ponto final.
Fotografia: J. Rone. 2018 - @engenhodeletras
Aplausos! Um amor (Gurgel) não se descarta jamais. O Gurgel faz parte da vida e caminhos já percorridos por vocês. Tantas alegrias, emoções, sentimentos variados. Parabéns ao Roni pelo registro.
ResponderExcluirGurja é uma águia!!!
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