Escrevo sobre alguém que não conheci presencialmente, mas por ouvir falar. Seu Paulo ultrapassou oitenta primaveras. Viveu como quis. Guiou-se por ínsito senso aristotélico de justiça, pela misteriosa e simples força da alegria cativante.
Já idoso, ao ver o amor de sua vida retornar à pátria espiritual, optou (conscientemente?) por olvidar o coração peralta. A bombinha vital começou a falhar... Como vela, a existência oscilou até que suave brisa a apagou...
Nos braços do Pai, agora, encontra-se a emular a misericórdia. Por certo, de mãos dadas com a mulher amada. A equipe médica que o atendeu nos instantes finais - com precisão cirúrgica - assim relatou à família: "obrigado pelo reconhecimento e confiança. Foi muito engrandecedor cuidar do seu avô. Falo isso não só por mim, mas por toda a equipe da UTI. Também sentimos a perda, pois nesse período aprendemos bastante com ele. Que Deus possa confortá-los". Com Seu Paulo, recordei o pensar de José Mauro de Vasconcelos: a vida sem ternura não é lá grande cousa, não é mesmo?!
Nessa estrada cheia de curvas nominada vida, de quando em vez, é preciso vibrar forte como dobram benditos
sinos. Jesus amado, receba com seu infinito amor esse bom homem procurante da esperança bendita!
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@engenhodeletras
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